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Foto do escritorCAPB GESTÃO

ATA RO - 27/04

TEMA: A ALTERAÇÃO DO NOME DO CAPB


Larissa: Defende e reafirma que precisamos mudar o nome do Centro Acadêmico, para contemplar os estudantes em seus mais diversos perfis. Gostou de algumas sugestões.


Mariana: entende que é importante mudarmos o nome. Não gostou de certas sugestões trazidas de alteração, pois alguns nomes não viveram no mesmo tempo que o nosso, entende que é importante trazer algum atual. Gostou bastante da Nise.


Chau: Não existem ideias certas ou erradas, estamos todos construindo o melhor para todos. Primeiramente, quer pontuar como o racismo serviu e serve até hoje aos interesses capitalistas, exploração negra e colonização dos países periféricos. O genocidio da população negra acontece até hoje e está enraizado nesses fatores históricos, fatores os quais estão acima da biologia, são fatores sociais muito bem estruturados. Há população que ainda não possui acesso à universidade integralmente por falta de políticas efetivas, não só de ter diploma, mas de usar a universidade como mecanismo de transformação. Atualmente, estamos homenageando uma pessoa racista, fato que fere a isonomia de acesso, pertencimento e permanência. Ressalta o quanto é importante levar essas discussões para além do CAPB, todos símbolos atrelados à instituição. Há símbolos que não representam nem 50% dos estudantes que ingressaram por cotas.


Carla: A Escola Paulista surgiu pelo interesse da classe dominante da época, tanto que era uma faculdade privada. Questiona se o nome Pereira Barretto faz sentido mudar, entende que temos que discutir sobre isso. Retoma a questão dos símbolos tradicionais e acha importante questioná-los. Entende que podemos avançar nos debates.


Mariana: A mudança do nome do CAPB é algo importante. Avançando nas simbologias, o logo do CAPB é o Jequitibá, que é o símbolo de SP o qual retoma a revolução constitucionalista de SP. É algo estranho de se pensar nisso também. Falta muito uma articulação entre as entidades para que o debate dentro do CAPB seja levado para outras entidades.


Larissa: Um fato histórico, às vezes temos medo de quebrar tradições, mas lembra que em 2012 o logo do CAPB foi alterado e o logo era um indigena. Isso pode ilustrar como esses símbolos podem ser mutáveis de acordo com a mudança da sociedade. Destaca que depois que altera uma tradição, as futuras gerações nem se lembram mais disso, para quem vivenciou, é apenas uma vaga lembrança, prova que a cultura muda, os símbolos também podem se alterar.


Juan Rossi: não sabia dessa problemática dos símbolos da universidade. No início da entrada com a faculdade, teve mais contato com outras entidades que não trouxeram esses debates e achou importante esse debate. Acha que mudar para José Bonifácio seria trocar um nome problemático por outro. Gostou da sugestão da Nise.


Rafael: Agradece o conteúdo e a contextualização. Releva o quanto esses símbolos possuem notoriedade, é algo utilizado. E a forma que é utilizado precisa ser discutido também. Adiciona o nome do Juliano Moreira foi acadêmico. Esses símbolos precisam ser identificados ao longo do tempo, mas sem perder o timing.


Chau: essa discussão precisa ser feita de maneira madura. Acha que é algo para além do centro acadêmico, pois não somos só nós que temos Pereira Barretto no nome e símbolos problemáticos. Há uma exaltação do passado, mas que passado é esse? Um passado onde não tinha mulheres, negros, indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência. É um nome de uma pessoa racista confessa, então entende que é necessário colocar em pauta de fato. O José Medina é realmente um grande nome na medicina, mas temos que olhar mais profundamente para suas ações. A Bartira Aguiar Roza, por exemplo, é também contribuinte para o programa de transplantes brasileiro e é esquecida.


Carla Nascimento: Os símbolos são impostos no começo de uma forma muito passiva, cria-se afeto sem questionar. É algo que fica internalizado. Lembrou que isso não é sobre as instituições que usam, mas sim contra a prática, ressalta que questionar os símbolos não impede de frequentar os ambientes, ou de participar junto, é apenas para entenderem que uma coisa não anula a outra. É possível fazer parte da atlética e ainda sim se posicionar contra símbolos excludentes.


Chau: indígenas não é uma massa chamada de “índios”, é um grupo de populações completamente heterogêneas. Ocorre constantemente o genocídio indígena, então se a maioria dos estudantes não estão sofrendo esse genocidio, não estão tendo suas terras tomadas, por que a gente se chama de índio?


Nathália: o questionamento de símbolos entidades não significa que não podemos fazer parte dessas entidades. Não conhece a história de muitas das entidades, então entende que faltam espaços de formação sobre esses contextos históricos para podermos questionar os símbolos atuais.


Chau: O Nicodemos representa a elite cafeicultora, por conta da cartola e do monóculo. A EPM foi fundada no contexto da revolução constitucionalista. Todos concordam com a alteração do nome, uma vez que o público que frequenta a universidade alterou.


Larissa: Entende que por unanimidade, ninguém é contra a alteração do nome, contudo houve apenas 26 pessoas no ápice da reunião, acredita que precisa de uma aval melhor, seria interessante a participação de maior número de estudantes. Contudo não se sabe qual a melhor forma e mais justa de fazer isso.


Chau: a democracia nos espaços do CAPB é por democracia direta, então entende que uma decisão é legítima caso tenha tido uma discussão sobre. Precisamos pensar que a representatividade para além do número. Propõe que façamos uma síntese sobre o que foi discutido e que convoquemos uma Assembleia Geral com pauta de alteração do nome do CAPB.


ENCAMINHAMENTO:

  • Construir uma síntese sobre o nome do CAPB, suas problemáticas e sugestões de alterações levando em consideração o que foi discutido em RO. Convocar Assembleia Geral de Curso com pauta única de alteração do nome do CAPB.

  • Passar formulário de acolhimento de possíveis dias e horários para a Assembleia a ser realizado em maio. - APROVADO POR CONSENSO

ESTIVERAM PRESENTES: Alejo Martinez, Bernardo peruchin, Bruno Duarte, Camila santos Lopes, Carla do Nascimento, Daniele Vieira, Dyannye Fiochi, Hiago Henrique, João Bani, João Chau, Juan Rossi, Larissa Parra, Laura ferla, Leopoldo pizani, Leticia Ito, Luana Parmigiani, Manoela Marques, Maria Clara vieira, Maria Eduarda Resende, Mariana Prete, Mateus Menezes, Natan Sousa, Nathália Alves, Palloma souza, Rafael Sila Prado, Rodrigo Pereira



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