PAUTAS:
Restaurante universitário
Balanço 19J
INFORMES
Larissa : informa que terça passada (15/06/2021) teve COPLAD e que, nessa reunião, a Tânia está indo conversar com os conselhos de campus. Estão verificando como a universidade vai funcionar com a pouca verba que está disponível. Relata que é preciso ter a próxima reunião da COPLAD para se ter melhores informações. Informa que no último CR-DCE (13/06) foi sobre a mobilização de 19 junho e sobre avaliação da atual gestão do DCE. Relata algumas problemáticas que estão acontecendo no momento na gestão, por exemplo, a questão do prédio do DCE.
Chau: em relação aos financiamentos público-privados, ganhamos algum tempo para reagir frente à privatização da universidade. O informe é em relação às brigadas sanitárias do MUP - Unifesp, que estão ocorrendo nas comunidades da Vila Mariana e Vila Clementino, promovendo levantamento de dados de saúde a fim de pressionar o poder público a construir uma UBS na região.
1. Restaurante universitário
Larissa: Afirma que já temos bastante respostas no formulário e já podemos dar prosseguimento com a demanda, assim que essa RO for encerrada. Compartilhou a tela, mostrando os dados obtidos do formulário divulgado e passado entre as turmas sobre as incongruências do RU atualmente.
Chau: concorda com a Larissa que há bastante material para darmos prosseguimento com a demanda do RU. Afirma que esse é o momento de debatermos por quais motivos está acontecendo o término da comida no RU. Relata que RU não está atendendo as necessidades dos(as) estudantes e essa problema está relacionada com a privatização dos espaços na universidade e terceirização dos serviços, pois antes o serviço de alimentação era estatizado e realizado pela própria Unifesp, sem a ideia de lucro por trás, sendo que hoje em dia a questão mercadológica influencia nas decisões e possibilidade de contrato com as empresas, prejudicando essa política de alimentação. Em nenhuma reunião com a Direção do Campus ou CAE, foi colocado que havia limite de refeições nesse contrato emergencial, o que fere completamente a universalidade do restaurante universitário. Foi retirada a possibilidade dos graduandos da pós de se alimentarem, como se não precisassem também de permanência estudantil. A proposta de estratificação do preço das refeições também é algo que vem pautado pela direção e é problemático. Isso tudo mostra que essa política de alimentação deixa de ser universal e passa a ser restrito a certos grupos.
Rafael: informa que está contemplado com o que o Chau falou. Relata que é importante discutirmos as maneiras que as informações são passadas para o estudante. Informa que o RU acaba sendo o símbolo das dificuldades que os(as) estudantes passam na universidade para conseguir os seus direitos.
Chau: respondendo à pergunta da Amanda, nunca foi falado como operacionalizar em relação ao controle do acesso ao RU para os estudantes em vulnerabilidade ou como operacionalizar para que o preço pela refeição fosse diferente
Nathalia: discorda do Chau em relação à estratificação do preço da refeição para estudantes em classes econômicas diferentes
Rodrigo: passou um tempo na USP e os alunos com maior vulnerabilidade socioeconômica não pagavam café da manhã, almoço e janta.
Daniele: em relação a disponibilizar gratuitamente as refeições aos estudantes que não tem condições de pagar, entende que é correto. Mas acha errado escalar os preços de acordo com a renda da pessoa.
Chau: entende que devemos problematizar como funciona a permanência estudantil na Unifesp. A bolsa PAPE, teoricamente, deveria contemplar as despesas de alimentação, moradia, internet e afins, entretanto, na prática, por conta do valor recebido, não contempla todos os gastos essenciais. Acha que o problema da estratificação dos preços não é sobre a exposição, mas que as políticas de permanência, junto com o RU, foram conquistas do movimento estudantil e não isoladamente para um grupo específico, uma vez que o RU é uma política para todos os estudantes. Pelo fato do governo federal não estar fornecendo o orçamento necessário, pelo fato da terceirização e privatização da universidade, o RU acaba se tornando uma política não universal e passa a ser apenas aos estudantes em vulnerabilidade. Com isso, perde-se o direito de uma política universal e também precariza o serviço, pois as políticas que são voltadas apenas aos estudantes em vulnerabilidade acabam, devido à ideologia da universidade, sendo precarizadas e marginalizadas.
Laura: Concorda com o Chau. Relata que o RU é um direito e iríamos perder muito, caso ele fique restrito a um determinado grupo social, pois isso seria uma oportunidade para sucatear mais.
Nathalia: concorda com o Chau. Acabou vendo os dados dos preços do bandejão da UFMG, que escalona os preços, e eles são muito caros.
Larissa: Concorda com Chau. Informa que é muito difícil a partir da renda ver quem pode ou não pagar para se alimentar, pois existem várias variantes, por exemplo, doença, aluguel etc. Relata que é impossível estratificar.
Amanda: gostaria de complementar com o que já viveu, já fez uma universidade e teve greve com o fechamento do RU. Começou a ser distribuído quentinhas para os estudantes em vulnerabilidade, sendo que o RU custava 1,45 para todos e bolsistas não pagavam, as quentinhas vinham com comida podre, larvas, entre outras condições péssimas de alimentação. Tinha refeição de final de semana e feriados também. Já viu isso acontecer e é muito ruim, não dava para comer.
Chau: Informa que a permanência estudantil é para todos os estudantes na universidade. Permanência não é só sobreviver na universidade, mas conseguir se formar com tudo o que a universidade tem a oferecer.
Rodrigo: tem alguns estudantes que precisam mas que não estão na bolsa PAPE e também as problemáticas de admissão na bolsa. Na questão de estratificar logisticamente, seria a proposta mais simples de realizar, pois a universidade já tem os dados das pessoas que estão na bolsa PAPE.
Chau: a questão de não pagar não está sendo colocado na proposta da universidade em relação à estratificação dos preços, então quem está em vulnerabilidade, vai continuar pagando 2,50 e quem não for perfil de vulnerabilidade paga mais. Primeiro, precisamos reverter os cortes orçamentários feitos pelo governo federal e, dentro da universidade, lutar nos espaços (conselhos, COPLAD, CONSU, CAE) para que essa política de permanência continue.
ENCAMINHAMENTOS:
Mandar os dados sistematizados do formulário de colhimento das incongruências do RU atualmente (acabar comida antes do tempo etc) para o email da comissão do restaurante universitário, juntamente com a sugestão de voltarem a publicar QR-code do canal aberto.
Contato com a APG para nos informarmos sobre a situação do RU e permanência de estudantes da PG
Contato com os CAs do campus e compartilhamento dos nossos dados
2. Balanço 19J
Chau: gostaria de saber como foi a nossa atuação nas comissões de faixas e mobilização online, além da atuação presencial. Foi um bom ato, entretanto, entende que a organização pré-ato foi muito atropelada (muito em cima da hora). Viu que no bloco da UNIFESP teve menos pessoas do que no 29M. Entende que foi mais organizado em relação ao distanciamento do que 29M
Lale: Informa que o ato foi muito em cima da hora devido ao tempo para se organizar anterior ao ato. Acha que a comissão que teve mais dificuldade foi a mobilização online, devido ao prazo curto para publicizar os conteúdos. Relata que é necessário outras pessoas da gestão que estão no grupo do whats mobilização online se engajarem também.
Rafael: foi nessa presencialmente, já na de 29M não esteve presente. Entende que o ato cumpriu com o papel. Os encaminhamentos do CR-DCE são muitos e acabam sendo inviáveis de serem realizados todos. Entende que precisa ser feito uma organização melhor internamente sobre essas questões.
Chau: concorda com os pontos que Rafa levantou. Acha que é importante fazer uma melhor organização das atividades para facilitar a construção do ato.
Lale: Informa que a cartilha é sobre o que a universidade fornece para a sociedade. Relata que somente ela e o Chau estão indo para o CR-DCE, então fica difícil saber se a gestão tem braços para fazer as coisas. Informa que o problema é que as decisões estão sendo tomadas muito próximo do ato.
ESTIVERAM PRESENTES: João Vitor Chau, Rafael Prado, Daniele Vieira, João Victor Bani, Camila Santos, Rodrigo Pereira Barbosa, Larissa Parra, Gustavo Rodrigues Nogueira, Amanda Vieira, Nathalia Alves, Laura Ferla
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