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ATA RO - 09/02

Atualizado: 20 de mar. de 2021

PAUTAS:

  1. Situação do HSP - mobilização dos residentes

INFORMES


Vinicius: os planos de ensino de 2021 serão aprovados na CCM de 22/02



 

1. Situação do HSP - mobilização dos residentes


Fernanda: Comenta que já tem sido veiculado nas notícias a falta de insumos no HSP. Foi anunciado, portanto, uma paralisação das atividades do HSP pelos residentes do setor da Clínica Médica. Aponta que o hospital é filantrópico, ou seja, atende pelo SUS mas possui um dono (SPDM), e o usamos por meio de um acordo firmado entre a SPDM e a Unifesp. Coloca que o fornecimento de verbas para o hospital é algo vulnerável, além de que grande parte dela foi perdida em 2017, o REHUF, sem mencionar a conjuntura de desfinanciamento dos governos neoliberais e entreguistas a que estamos sujeitos. Menciona que é papel dos estudantes discutir e formular ações que somem à mobilização.


Chau: Menciona a instabilidade que enfrentamos, trazendo o exemplo do pronto-socorro, que está sendo reformado, o que acaba prejudicando e vulnerabilizando os cenários de prática da graduação


Deize: pede explicação sobre o corte de verbas do REHUF


Fernanda: pontua que o HSP é, infelizmente, um hospital privado, o que deixa a relação com a UNIFESP vulnerável. O ministro Ricardo Barros alegou em 2017 que o HSP não era universitário, pois era filantrópico, e por isso não deveria receber para os hospitais públicos universitários federais. Pontuou que a parcela referente ao ano de 2017 foi paga após ação do Tribunal Regional Federal. Sugere perguntar como fica a relação do REHUF no governo Bolsonaro ao residente da AMEREPAM. Fala sobre o conjunto de medidas que afetaram o orçamento da saúde nos últimos anos, piorando a situação do HSP que já vivia com um hospital universitário


Chau: Responde pergunta do chat, afirmando que o HSP também recebe recursos federais pelo SUS, pelo Ministério da Educação e da Saúde


Lale: Pergunta quando foi o início da greve


Chau: Responde que a paralização foi anunciada na sexta-feira (05/02) e iniciada hoje (09/02)


Ronald: residente da medicina de emergência, atual presidente da AMEREPAM. Explica que a CM entrou em greve pela crise da diminuição dos insumos, como medicamentos e alimentos para os pacientes. Fala sobre a crise do HSP, citando o fechamento do PS em 2017 e pontua que esse problema nunca foi solucionado. O HSP tem uma dívida grande, sem subsídio do governo que consiga suprir os gastos, grande principalmente com folha salarial. Todo ano há reajuste do salário dos trabalhadores e não há aumento da verba, prejudicando os pacientes e a infraestrutura do hospital. Em um período faltava soro fisiológico no hospital, insulina, luvas cirúrgicas, anestésico. No PS iniciou faltando anticoagulante, antibiótico. A clínica entrou em contato com o Ronald pois não estava sendo possível a assistência aos pacientes e ele sugeriu que aguardassem para ter adesão de mais especialidades, mas a situação estava insustentável. O presidente da AMEREPAM apoiou, mesmo que a greve tenha sido iniciada de forma autônoma pela especialidade. Em reunião na noite anterior foi discutido novamente, com participação de especialidades que nunca paralisaram antes. Foram discutidas as exigências e como se faria a paralisação, por 10 dias. Foi decidido que a exigência principal da mobilização era retomar todos os insumos, de acordo com uma lista feita por cada uma das especialidades. Além dos insumos, o segundo ponto da exigência é contato com a secretaria da saúde. O HSP é porta aberta, por isso pegam caso de todos hospitais de São Paulo e a verba não está sendo suficiente para o grau de complexidade dos atendimentos e importância do HSP. Ontem foi decidido que 23 especialidades irão aderir à paralisação. Pontua que não basta apenas recuperar os insumos, porque o problema orçamentário continuaria e a falta dos insumos se repetiria a longo prazo. Dessa forma, é necessário estabelecer um diálogo com o Ministério e Secretarias da Saúde.


Fernanda: Agradece a fala do Ronald, ressalta que a mobilização é extremamente legítima e importante. Pergunta sobre o cronograma de ações da mobilização.


Ronald: Coloca que existe uma intenção de chamar a atenção da mídia, porque isso gera pressão popular sobre o governo, uma vez que o HSP é um hospital central dentro da cidade de SP. Afirma que ações presenciais, como passeatas, ainda precisam ser mais organizadas, ainda precisam ganhar força de sindicatos e adesão de outras categorias de profissionais (enfermagem, fisioterapia etc). O cronograma geral da mobilização ainda será criado, porque, com a entrada futura de outras categorias de profissionais e outras especialidade, esse cronograma também deve servir às necessidades deles.


Deize: pergunta se existirá alguma pressão em relação ao REHUF


Ronald: não colocaram em pauta o REHUF. A greve atual é emergencial e teve uma construção rápida. Auditoria, REHUF e outras questões são cabíveis para além das questões emergenciais. Não tem informação atual sobre REHUF.


Chau: Pergunta sobre o posicionamento dos gestores do HSP


Ronald: Responde que esse posicionamento se resume a buscar o retorno dos insumos, sanando o problema rapidamente por meio de doações. No entanto, ressalta que não há sentido em simplesmente repor os medicamentos em falta, mas sim resolver o problema orçamentário, para que a questão não se repita nos próximos meses


Chau: pergunta como a AMEREPAM entende que os estudantes da graduação podem somar


Ronald: sexta vai ser uma grande mobilização, mesmo que apoiando só na manifestação de sexta. Pontua ser importante os estudantes estarem presentes por também serem afetados.


Deize: Comenta que a fala do Ronald faz muito sentido, porque, no quarto ano, já sente os efeitos desse problema, citando um exemplo recente em que não conseguiu executar uma sutura por falta de luvas. Propõe que os residentes e alunos do internato passem pelo PS explicando aos pacientes a situação


Ronald: Como residente, considera que nesse tipo de ação a segurança dos estudantes seria colocada em risco, por conta da quantidade de pacientes com Covid que chegam ao PS. Coloca que uma ação estudantil de ajuda seria a panfletagem, explicando o motivo dos problemas de abastecimento e como eles se arrastam há muitos meses


Fernanda: Coloca que as ações do centro acadêmico devem ser conjugadas com a AMEREPAN e os outros grevistas, ou seja, a fim de resolver os problemas crônicos do hospital. Aponta como possibilidade de ação a adesão de uma paralisação em apoio aos residentes


Ronald: adendo que a UPA vai sair daqui a mais ou menos um mês. Apoia a greve em defesa do HSP, mas entende que deve partir dos estudantes da graduação. Responde pergunta no chat, falando que tem apoio da AMERESP, AMERUSP. Responde pergunta no chat, dizendo que nunca houve alguma mobilização que incluía os alunos de graduação junto com a residência. Estabelece a proporção da situação atual, apontando que a atual é a maior crise que o hospital São Paulo já viveu até hoje. Agradece a participação e o apoio dos estudantes, relembra o ato presencial que ocorrerá na sexta-feira na frente do hospital.


Fernanda: pontuando que ainda está em processo de adesão por outras especialidades e um calendário de lutas ainda está em elaboração. Pelo MUP haviam decidido chamar uma reunião com AMEREPAM, mas considerando a reunião atual, acha que seria legal convidar outras entidades para participar da reunião com Ronald para estender a discussão e pensar em encaminhamentos e convidar os outros CAs do campus.


Lale: Concorda com a proposta da Fernanda de esperar a adesão de outras entidades para combinar ações em conjunto


Vinicius: Coloca a necessidade de pensar em algo específico para os estudantes da graduação, porque acredita que muitos dos estudantes não têm conhecimento do que está acontecendo.


Deize: Menciona que os alunos do quarto e quinto ano estão frequentando o hospital e que pode ser muito benéfico caso eles possam passar a informação sobre a situação do HSP para os pacientes que atenderem, além de com outros estudantes.


Chau: Concorda com a Deize de que se os estudantes que estão nos cenários hospitalares se sentirem dispostos a executar essas ações sem criar riscos extras, seria positivo.


Deize: entende que a greve, principalmente nas turmas que estarão no internato é um cenário distante, mas a mobilização é possível.

Fernanda: Relembra que o problema do desabastecimento é agudo no momento, mas provém de uma situação crônica e que seria necessário, antes de discutir paralisações, dar tempo para que houvesse um acúmulo sobre esse cenário. Sobre o assunto dos vereadores que podem ajudar a questão, ela concorda com a busca de parlamentares, no entanto, aponta para o cuidado de deixar claro que a ideia não é simplesmente receber os insumos, mas resolver o problema de base.


Deize: Comenta que trabalhou no voluntariado e que viu uma quantidade imensa de doações recebidas pelo HSP, mas que esse tipo de medida não pode ser colocada como base do funcionamento do hospital, porque à mesma proporção de doações recebidas, também temos gastos e demandas altíssimas


Chau: pontua que as doações não são suficientes para suprir as necessidades do HSP. Questiona a atuação da gestão do Hospital. Propõe montagem de grupo de trabalho para produzir conteúdos junto da comunicação do CAPB, conforme as mobilizações vão acontecendo


Andressa: pergunta para Deize se seria possível utilizar o voluntariado para produzir informações e difundir a situação para os alunos.


Deize: foi informada que em uma reunião do voluntariado a coordenação do projeto questionou a ineficácia das doações. Acha difícil que o voluntariado faça esse contato com os alunos, mas pode ser tentado.


Chau: Concorda que as ações do voluntariado dependem de outras relações, mas também entende que é importante discutir as causas do problema crônico, como o fato de que o nosso hospital escola é privado. No entanto, reconhece que o voluntariado pode não abordar esse tipo de diálogo.


Deize: pensou em ligar para pacientes explicando a situação, por conta da pandemia.


Chau: diz pensar se poderia ser uma coisa centralizada no CAPB ou feita individualmente pelos estudantes


Andressa: Coloca que talvez seja problemático ligar para os pacientes pela questão do acesso aos números, que dependeria do uso de dados do hospital. Propõe não entrar no hospital, mas distribuir panfletos na rua ao redor do HSP, usando jaleco e face shield.


Nathalia: pergunta a viabilidade de solicitar mais verbas para deputados e senadores.


Vinicius: Diz que a AMEREPAN está bem envolvida nessa questão mais profunda do problema, questiona se cabe que nós assumamos essas ações de buscar contato com setores públicos. Coloca que podemos somar mais fazendo ações mais comunicativas, no sentido de massificar mais gente e ganhar mais força


Lale: pontua que a comunicação tem um cronograma de publicações, teme sobrecarga.


Chau: questiona se é possível rever o cronograma, considerando


Daniele: Aponta que mudanças no cronograma são problemáticas, porque não sabemos exatamente quais são as demandas, em número de postagens etc. Acha importante deixar pré-estabelecido qual será a demanda nas próximas semanas


Chau: Coloca que a ideia é que o grupo de trabalho pense junto com a comunicação sobre a demanda de posts.


Lale: entende que é válido pq a divulgação não dá mais trabalho, sim a elaboração do conteúdo.


ENCAMINHAMENTOS:

  • Participação do CAPB na reunião de sexta-feira, com o MUP e a AMEREPAN; entrar em contato com outras entidades e centros acadêmicos para chamá-los a participar também. - APROVADO POR CONSENSO

  • Criar grupo de trabalho para a produção de conteúdos sobre a situação do HSP e mobilização dos residentes, que ficará aberto até sexta feira para entrada de componentes. Produzir texto explicativo até quinta-feira - APROVADO POR CONSENSO. Integrantes: João Chau 87, Vinicius Reis 86, Andressa Vivas 88

  • Dep. de comunicação divulgar o ato de sexta feira na frente do HSP - APROVADO POR CONSENSO



ESTIVERAM PRESENTES: Mariana Prete, João Vitor Chau, Vinicius Moreira, Rafael Prado, Allan Evangelista, Andressa Gomes, Camila Santos, Carla do Nascimento, Deize Grazielle, Felipe Azevedo, Fernanda Souza, Gabriela Rodrigues, Giovanna Magno, Larissa Parra, Nathalia Alves, Pedro de Mesquita, Daniele Vieira, Ronald Junior, Luiz Fernandes




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