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ATA RE - 22/02

PAUTA: ALTERAÇÕES NA PORTARIA DAS ADES

Chau: a Comissão de Acompanhamento das ADEs, que possui representantes discentes do CG e do CAE, sendo um por unidade acadêmica, é uma comissão consultiva e não deliberativa. O representante da EPM sou eu. Na reunião de sexta (19/02/2021) foi demonstrado um documento com alterações para a portaria das ADEs. Na reunião, a maioria dos docentes se colocaram a favor dos pontos do documento. O discurso utilizado por eles foi que os discentes não estavam se esforçando o suficiente, que estavam colando e plagiando respostas nas atividades, que o ensino estava sendo prejudicado devido à falta de rigor da avaliação e presença em momentos síncronos. No Conselho de Graduação de amanhã (23/02/2021) será levado para aprovação ou reprovação dessa portaria. Entretanto, as cadeiras de discentes é proporcionalmente menor do que de docentes, ainda mais que nessa eleição de representação discente para 2021 os discentes não ocuparam todas as cadeiras possíveis na instância. Assim, não tem como vencer por meio de votos a reprovação da portaria.


Victor: fala que temos que entender porque os docentes estão defendendo isso. Retoma a questão apontada pelos docentes de aproveitamento insatisfatório. Sobre as notas, fala que há estudantes que podem ser prejudicados pela ausência de nota, para conseguir estágios, por exemplo. Coloca que um embate frontal não seria produtivo e que talvez não consigamos barrar essas mudanças no CG. Fala que podemos propor alternativas para estudantes em vulnerabilidade, no sentido de flexibilizar as cobranças.

Larissa: questiona, no documento, o que significa as marcações em azul.


Chau: entende que o embate frontal não seja tático no momento. Nas discussões que teve com os outros representantes discentes da Comissão, foi pensado em fazer mediações com os docentes que estejam contra alguns pontos, como frequência em aulas síncronas e prova em horário síncrono. Apesar de concordar que a qualidade do ensino decaiu nesse último ano, questiona se a frequência em aulas síncronas e prova em horário síncrono vão realmente aumentar a qualidade do ensino.


Larissa: entende alguns pontos dos docentes, mas não considera que haverá maior motivação por haver nota ou haver contabilização de presença, mas sim se tornaria algo mais estressante. Fala que não aproveita atividades síncronas, por exemplo, por conta da matéria condensada. Os argumentos utilizados são incorretos e a qualidade de ensino não irá melhorar só por conta disso.

Chau: retomando a questão dos estudantes em vulnerabilidade, ainda estamos em pandemia, crise socioeconômica e em situação de déficit de saúde mental, e desconsiderar que o contexto é o mesmo ou pior do que no começo da pandemia é um argumento que ignora todas as dificuldades das diversas realidades da universidade. Vê que a questão da nota é um argumento difícil de ser defendido contrariamente, mas entende que ele está sendo usado de forma ameaçadora.


Carla: entende o ponto dos docentes, mas simplesmente cobrar frequência é desconsiderar o contexto de todos e principalmente dos estudantes em vulnerabilidade. Comenta sobre problemas constantes no acesso à internet, onde há momentos em que não é possível acompanhar as atividades síncronas. Aponta que há estudantes que terão que largar o curso por não conseguirem acompanhar as atividades síncronas por diversas razões, as quais às vezes não é resolvida por questões materiais apenas (acesso à internet). Acha importante a discussão sobre esses pontos da portaria.


Maryna: questiona qual o benefício do critério de cumprido e não cumprido


Chau: como estamos em uma situação de pandemia, com diversos obstáculos, a nota seria mais uma pressão para as pessoas. Ai entra a questão do CR, que é usado para o processo seletivo de bolsas e estágios por exemplo. No momento o CR está congelado desde o início da pandemia e isso pode ser prejudicial no futuro de pessoas de algumas pessoas. Ressalta que é importante pensarmos nas vias não institucionais, pois nas instâncias não temos paridade.

Mariana: reforça que os docentes têm aversão à autocrítica, tudo parece que é somente reclamação nossa. Assim, a queda na qualidade de ensino é somente responsabilidade do estudante, não se enxerga as diversas variáveis envolvidas. Pouquíssimos docentes de fato repensaram e adaptaram suas aulas para o ensino remoto. Nisso, só se exige que nós tenhamos que nos adaptar. No contexto atual, as aulas assíncronas estão sendo muito mais produtivas.

Amanda: retoma o colocado pela Mariana. Na CCM de hoje, foi citada a baixa aprovação dos estudantes na prova de residência, onde a culpa sempre cai sobre os estudantes. Há extrema resistência por parte dos docentes.


Larissa: concorda com o colocado pela Mariana. O problema talvez seja a aula, não os estudantes. Comenta sobre algumas aulas síncronas que tiveram muita adesão e aproveitamento. Assim, o modelo da aula deveria ser revisto, pois talvez a adaptação para o ensino remoto tenha sido falho. Muitas das nossas opiniões colocadas ao longo das ADEs não foi ouvida.


Gabriel: a questão do critério cumprido e não cumprido tem diversos problemas. Só no ano passado, deparou-se com duas inscrições de iniciação científica e uma bolsa permanência que exigiam nota. Isso é mais prejudicial em programas fora da Unifesp.

Nathalia: a motivação para diversas pessoas é a aplicação de provas. Entende que a prova síncrona não é justo, pois diversas pessoas não conseguiriam fazer. Acha que podem ser colocados trabalhos e atividades para aqueles que não conseguirem realizar a prova síncrona. Defende a aplicação de provas.


Chau: os ingressantes (turma 88) não possuem CR. Os estudantes em maior vulnerabilidade, que estão mais susceptíveis a não conseguirem frequentar as aulas síncronas, se reprovarem por frequência, deixam de receber a bolsa PAPE. Concorda que pode ser uma mediação o que a Nathalia colocou, mas não sabe como escrever isso no papel para ser objetivo, pois em certas faculdades foi colocado apenas a prova com argumento que seria injusto cobrar outro tipo de atividade para alunos diferentes.

Gabriel: se referiu a uma bolsa estudantil do Santander. Questiona como fazer avaliações que “filtrem” estudantes nos processos seletivos. Comenta a instabilidade na energia e na internet, mas que todos os seus docentes foram compreensivos com isso. Assim, pensa em modelos menos rígidos.


Amanda: uma coisa é quando não se tem a cobrança obrigatória na aula síncrona, pois acha que se for obrigatório, os argumentos de alunos em faltas nas aulas síncronas como “minha internet caiu” começariam a ser vistos como mentira ou de forma ruim. Como um caráter extraordinário, acha que uma possibilidade seria calcular notas em cima do cumprido e não cumprido para dar um feedback para os discentes.


Chau: acha que estamos a delinear alguns posicionamentos como centro acadêmico. Entende que os docentes podem ser compreensíveis porque não possuem outra alternativa, pois não podem cobrar a presença na teoria. Essa cobrança não está acontecendo pois isso não é permitido pela portaria. Fica aflito caso eles possam. Tem estudante que é mãe de duas crianças que precisa dar aula para os filhos e não consegue acompanhar as aulas síncronas. Ao aprovar algumas medidas, aumenta-se a evasão universitária. No último ano, houve um aumento da evasão sem considerar o trancamento. O campus São Paulo é mais elitizado em relação aos outros, por isso acabamos não vendo com mais força essas outras realidades, mas não podemos excluir que também tem estudantes em vulnerabilidades aqui. As propostas serão aprovadas para a Unifesp como um todo.

Gabriel: entende que deve haver uma flexibilidade para esses estudantes e que é complicado abarcarmos outros campi na nossa discussão. Deve haver um meio termo entre o normal e o flexibilizado. Concorda que pode haver abusos por parte dos docentes com essa portaria.

Amanda: fala sobre escolhermos um dos pontos dos docentes para concordarmos, no sentido de mediar com as propostas deles.

Larissa: houve uma discussão sobre não podermos bater de frente no CG, mas que não abordamos especificamente essa estratégia.

Chau: propõe metodologia de contrário C e alteração A, que será mandado pelo chat em cada ponto crítico do documento com as propostas para a nova portaria ADE e será discutido entre os presentes. https://docs.google.com/document/d/1b8JyiS0MBToOZsEvNU4yLQbZI5QXNjObIH1WY6spLc/edit


~~A discussão foi amplamente realizada entre os presentes~~


ESTIVERAM PRESENTES: Rafael Prado, João Vitor Chau, Victor Valsecchi, Rodrigo Pereira Barbosa, Rhaissa de Queiroz, Palloma Souza Marques Dourado, Nathalia Alves Santos, Mateus Menezes, Maryna Castello, Mariana Prete, Jonas Paulo Silva, Gustavo Santos Ng, Gabriel Ronatty, Carla do Nascimento, Camila Santos, Bárbara Monique, Lucca Sakobe, Larissa Parra, Ana Carolina Motta, Allan Evangelista Alve, Otavio Augusto de Trelli, Vitor Grabiel, Esther Maria Ferreira, Amanda Vieira, André Luiz Vidal, Alexandre Veronese, Maria Luiza Andrade



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