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ATA RE - 17/06

PAUTAS:

  1. Discurso racista em fala de professor na UC de Medicina Legal



1. Discurso racista em fala de professor na UC de Medicina Legal


Chau: É uma UC ministrada em 2 turmas (A e B). Todas as aulas eram síncronas e tínhamos atividade para entregar após cada aula. Ontem foi realizada uma denúncia anônima a um criador de conteúdos digitais, onde foi exposto publicamente falas racistas que inferioriza o povo negro.


Chau: Não restam dúvidas que precisamos nos posicionar contra a maneira que se coloca, especialmente por ser numa aula gravada. Foi realizada uma consulta jurídica sobre o processo administrativo para exoneração do docente.


Fernanda: Lembra que esse professor é famoso por realizar esse tipo de fala, é importante que o CAPB se coloque contra, pois é uma forma de expulsão do meio acadêmico. O racismo estrutural continua


Andressa: questiona se já houve denúncias contra o professor


Mari: Pergunta se pode haver prejuízo contra o vazamento de conteúdo intelectual do professor.


Chau: Comenta que mesmo pessoas que fraudam cotas raciais não são punidas de forma exemplar pela universidade. Afirma que não se deve deslegitimar a denúncia que pode ter ocorrido através de um vazamento da aula. Lembra que há ainda uma limitação nas vias institucionais.


Fer: Responde a dúvida da Andressa, os alunos tem conhecimento disso e realizam boicote às aulas mas não se sabia para onde nem como encaminhar essa opressão.


Amanda: A dúvida foi em relação ao aluno especificamente, pois o docente entende de questões jurídicas, questiona até onde o termo legal assinado pelos discentes pode proteger o agressor e gerar consequências para o aluno que denunciou.


Dani: Responde a Amanda dizendo que pode sim até abrir um processo por fora contra o estudante, mas que isso pode prejudicar ainda mais o professor no sentido de ‘’reafirmar o crime cometido’’


Chau: acha importante criar um posicionamento em defesa do estudante, mesmo que futuramente caso queiram fazer algo contra ele. Numa possível nota de repúdio, não é necessário citar o vazamento.


Matheus de Sena: é estudante de história e investiga a fundo a história dos negros. Um dos coletivos envolvidos é o NNUG, que contatou a EducAfro. Essa entidade denunciou 8 fraudes de cotas, ou seja, tem uma aproximação nesse sentido com a Unifesp. Há várias instituições que estão assinando uma nota de repúdio em coletivo. Ele exige uma posição mais formal e ação concreta por parte da Unifesp como a exoneração do docente.


Dani: Defende a assinatura conjunta com outras entidades, mas realça a responsabilidade do CAPB em criar uma nota de repúdio para toda comunidade acadêmica e fora dela. Exige que a Unifesp tome uma posição.


Dias: Reconhece que isso não é só no curso de medicina, acontece por todos campus e fora dele. Existe sim uma política de expulsão e a fala dele é excludente e promove eugenia. Pontua que precisamos dar resposta a altura. Todos os pontos que ele menciona e acredita são superados a mais de 40 anos, são inverdades científicas e históricas. Lembra que estudantes negros não estão sozinhos, e que precisam se unir diante de agressões como essa.


Ariana: Desde ontem está em contato com representantes discentes e com o NNUG, e estão refletindo e criando notas se posicionando e levantando o debate antirracista. Precisamos discutir cada vez mais sobre isso e questionar porque temos tão poucos professores negros.


Arthur: o Centro Acadêmico de História não apoia essa atitude e exige um posicionamento oficial da Unifesp. Acredita ser importante levar isso para os órgãos colegiados. Ressalta a indignação de todos do centro acadêmico quanto a essa situação.


Nathalia Alves: Questiona o atraso para a denúncia. Acredita que foi muito atenuado as falas dele e que foi um erro nosso isso tudo. Deveria ter ocorrido antes para que tomássemos medidas o quanto antes.


Fer: Esse caso não é isolado, não é só do prof. Henrique. Há outras pessoas com falas racistas e não é tão simples de denunciar, são desmobilizadas constantemente. Não dá para culpabilizar as vítimas negras. Em diversos cenários isso se reproduz de outras formas e precisamos nos posicionar contra em todos os sentidos.


Chau: não repudia a forma como ocorreu a denúncia, dado que foi necessária essa atitude para tentarmos mudar algo. Critica algumas atitudes de colegas de curso ao querer constranger o estudante que denunciou, estando mais preocupados com manchar o nome do curso do que com as atitudes claramente racistas do professor.


Dani: Concorda com o Chau, é preciso dar um apoio a pessoa que denunciou e não tentar constranger a pessoa que foi vitima da opressão.


Chau: acha importante trazer a formação histórica da unifesp, a história de eugênia e alguns outros elementos na nota.


ENCAMINHAMENTOS:

  • Assinatura da nota do NNUG

  • Elaboração e publicação de nota de repúdio pelo CAPB, abordando a formação histórica da Unifesp, o racismo enquanto prática constante na universidade e nos cursos da saúde e pautando a abertura de processo e exoneração do docente

  • Que a nota seja feita também no formato de carta aberta, a ser assinada por indivíduos e entidades, seja publicada e enviada pelo CAPB às instâncias da universidade e pautada pelos representantes discentes nos órgãos colegiados

  • Compartilhamento da nota do NNUG nas redes sociais do CAPB



ESTIVERAM PRESENTES: João Vitor Chau, Nathália Alves, Rafael Prado, Victor Vinicius, Carla do Nascimento, Ezio Magalhaes, João Bani, Dandara Maria, Amanda Vieira, Arthur Nascimento, Alyssa Araujo, Daniele Vieira, Arthur Nascimento, Marcela Testai, Ana Beatriz de Souza, Ariana Rodrigues, Camila Santos, Gabriel Dias, Julia Pretel, Laura Ferla, Manoela Marques, Matheus de Sena, Palloma Souza, Rafael Silva, Rodrigo Pereira, Vinicius Moreira, Victor Gabriel.





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